sexta-feira, 2 de março de 2012

Da Guerra Fria à Nova Ordem Mundial

Após o término da Segunda Guerra Mundial (1945), os países europeus envolvidos neste embate, tinham sofrido imensas perdas, com drástica diminuição de sua população. A França, a Inglaterra e a Alemanha, países que se encontravam entre os mais ricos e industrializados do mundo até então, tiveram a economia fortemente comprometida por causa da Guerra.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os socialistas e os capitalistas lutaram como aliados contra as potências do Eixo - Alemanha, Itália e Japão. Os aliados derrotaram o Eixo, mas a Grã-Bretanha, a França, a China e a União Soviética sofreram perdas terríveis para alcançar a vitória. É importante ressaltar que a aliança de guerra da URSS com os Estados Unidos e as demais potências européias só havia sido conquistada em razão da luta contra um inimigo comum: a Alemanha nazista de Adolf Hitler.


Se a Europa, vivia um momento de dificuldades, os Estados Unidos tinham saído da guerra como a maior potência do mundo capitalista, tanto do ponto de vista econômico, como militar e político. Mas não eram os únicos. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, apesar das perdas sofridas durante a guerra, contavam com um poderoso exército, e um destaque significativo frente as demais economias do mundo em alguns setores produtivos, como por exemplo, a siderurgia e a indústria petroquímica. Isto lhe dava a condição de superpotência.

Era o início do perído denominado Guerra Fria. Mas como surgiu o termo Guerra Fria?

O termo surgiu para designar a oposição entre o mundo capitalista e o mundo socialista, que se iniciou após a Segunda Guerra Mundial. Essa oposição foi chamada de Guerra Fria porque não conduziu a combates em grande escala, ou guerra "quente" (com ataques militares) entre as duas superpotências.

O mundo a partir de então, passou a ter um novo cenário geopolítico: o mundo bipolar. Neste contexto, marcado pela supremacia dos Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (Socialista) foram definidas as relações internacionais e os principais conflitos mundiais. Praticamente todos os acontecimentos político-militares, entre 1945-1989, ocorreram no contexto da hegemonia de dessas duas potências.

Os Estados Unidos estavam à frente das nações capitalistas. Esse grupo compreendia o Canadá, a França, a Grã-Bretanha, a Alemanha Ocidental, o Japão, as Filipinas e muitos outros países da Europa ocidental e da América Latina. A União Soviética encabeçava o bloco socialista e abrangia a China (após 1949) e as nações socialista da Europa Oriental. Algumas nações, eram chamadas de não-alinhadas ou neutras - não pertenciam a nenhum dos dois blocos - incluíam a Índia, a Suécia, a Suíça, a Indonésia, o Camboja e a maioria dos Estados africanos.

Em fins da década de 1940 e durante a década de 1950, a Guerra Fria tornou-se cada vez mais tensa. Cada lado acusava o outro de querer dominar o mundo. Cada lado acreditava que seu sistema político e econômico era melhor do que o do outro. Cada um reforçou seus efetivos militares. Cresceu o medo de que um conflito local desencadeasse uma terceira guerra mundial.

A partir deste período os Estados Unidos, defensores do capitalismo e a União Soviética, defensora do socialismo, lideraram uma corrida espacial, armamentista e territorial que durou mais de quatro décadas. Acima de tudo, essas duas potências procuravam o apoio dos outros países do globo. De forma que buscavam o avanço e por meio da propaganda e a indústria com enorme crescimento nesse período, divulgariam tanto os seus próprios avanços como ridicularizariam a outra forma de governo ao mundo, com o intuito de estabelecer o melhor ideal de felicidade, sendo este capitalista ou socialista.

O que estava implítico era que a nação que primeiro desenvolvesse a tecnologia nuclear e conquistasse o espaço seria considerada a mais avançada cientificamente.

A partir do início da década de 1990, o cenário geopolítico mundial transformou-se radicalmente, com a queda do Muro de Berlim, a Reunificação da Alemanha, a desintegração da União Soviética e o enfraquecimento do socialismo no mundo.

Assim, emergiu uma nova conjuntura geopolítica, caracterizada pelo predomínio do capitalismo em nível mundial e pela existência de três centros econômicos e de poder: Estados Unidos, Japão e União Européia, denominado de mundo multipolar. Com isto, muitos países, antes socialistas, passaram a adotar a economia de mercado, o que contribuiu para a expansão do capitalismo em escala planetária.

O mundo atual é uma consequência desse período: há um mundo multipolar, os conflitos étnicos e nacionais ressurgiram e o poder não é mais de quem tem as armas mais poderosas somente, mas de quem tem a economia mais forte.

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